25-03-2017 20:16:38
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Lar das dançarinas de flamenco, do toureiro dramático e de iguarias como chorizo, jamón serrano e, claro, azeitonas – com destaque para a varietal manzanilla –, Sevilha reúne todos os itens que permeiam o imaginário espanhol.
A cidade, que é uma das principais da região da Andaluzia, é terra dos imperadores romanos Trajano e Adriano, da maior catedral gótica do mundo, das touradas e do fervor da Semana Santa. Totalmente multifacetada e encantadora, Sevilha não vai decepcionar os mais dedicados à sua visitação.
Com ruas, becos, praças e prédios antigos conservados, vale a pena bater perna pelo centro histórico. Restaurantes, bares de tapas, sorveterias e cafés são uma atração à parte, ao lado das diversas árvores frutíferas e das charretes que passam ao seu lado a todo instante. Ao mesmo tempo romântico e vibrante, no centro também se encontram alguns dos principais atrativos da cidade.
A Catedral de Sevilha é a terceira maior do mundo – perdendo apenas para a Basilica de San Pietro, em Roma, e para a St. Paul’s Cathedral, em Londres. Magnífica tanto por fora quanto por dentro, o Patio de lós Naranjos está, como o nome já anuncia, repleto das típicas laranjeiras da região, encanta tanto pelo aroma quanto pela beleza. Para os mais dispostos, é possível subir até o topo da torre: são 35 rampas e 17 degraus. Quem encara esta façanha chega ao final ofegante tanto pela subida quanto pela vista.
Ao lado da catedral fica El Real Alcázar, um conjunto de construções que exibem a forte influência árabe da cidade. Ali se encontram desde o mais primitivo alcázar até posteriores ampliações – com pátios e palácios – realizadas por diversos monarcas. Ali está representada a complexidade da arquitetura árabe, repleta de entalhes e texturas. O El Real Alcázar é a sede da Casa Real em Sevilha, e recebe os membros da realeza que visitam a região.
Outra torre imperdível é a Torre Del Oro, construída no começo do século XIII, pela dinastia árabe Almóadas, para servir de posto de vigilância. Hoje o local abriga o Museu Naval, que conta a história de Sevilha como porto fluvial: na época das grandes navegações, navios embarcações do “Novo Mundo” trazendo tesouros, que eram descarregados junto à torre.
Mesmo para quem não quer conhecer o museu, o passeio pelas margens do rio Guadalquivir (que atravessa a cidade), passando pela Torre Del Oro, é encantador, especialmente o trajeto do Paseo de Cristóbal Colón, que vai desde a esquina com a ponte Isabel II até a ponte de San Telmo.
Neste caminho ainda fica a Plaza de Toros de Maestranza que, polêmicas à parte, é uma visita interessante. Ali os turistas podem conhecer a arena e o Museo Taurino, que conta um pouco desta tradição espanhola milenar.
Uma das mais bonitas praças da Europa, na Plaza de España é possível andar de charrete, alugar um barquinho ou simplesmente sentar e apreciar as belas construções que a rodeiam. Erguida para a Exposição Íbero-Americana de 1929, ela tem um formato semielíptico que simboliza o abraço do país às suas antigas colônias e, virada em direção ao rio Guadalquivir, aponta o caminho para a América.
Para quem gosta de dança e música, o Museo Del Baile Flamenco é o único do gênero no mundo. Com quatro apresentações por noite, é possível visitar a exposição e se encantar com dançarinos munidos de castanholas. Enquanto o show não começa, vale à pena tomar uma taça de cava no bar do museu.
A gastronomia da região é um espetáculo único, e pode ser mais explorado neste post. Mas aqueles que acreditam que para conhecer uma cultura é preciso mergulhar em sua culinária, o Mercado Lonja Del Barranco é destino obrigatório.
São inúmeras as opções de bares e restaurantes que, concentrados no mesmo lugar, possibilitam provar várias tapas, presuntos, risotos, frutos do mar, azeitonas, doces e muito vinho. Além de lindo, o lugar é moderno e animado.