25-03-2017 21:34:41
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Quando se fala em boa gastronomia é impossível não pensar na Itália, afinal é do berço da civilização latina que vem pratos altamente consumidos por aqui, como pizzas, massas, risotos, polpetas e, claro, muitos molhos. Entre estes últimos, dois são grandes destaques da cozinha italiana: o pesto, de que já falamos por aqui, e o pomodori.
Assim como o molho à base de manjericão, o molho de tomate típico vem de uma determinada região na Itália. É no sul do país, mais precisamente em Salerno e em Napoli, onde nasce o melhor tomate do mundo, que também dá origem ao pomodori pelati. Por ser uma região de solo vulcânico, é muito rica em nutrientes e levemente mais quente que outras localidades, o que favorece o cultivo deste fruto.
Mas além da gastronomia, há muitas outras razões para visitar estas duas cidades. As principais características do sul italiano podem ser encontrados em Napoli: com cerca de um milhão de habitantes, o município reúne belezas naturais, calor humano e muita agitação. A terceira maior cidade do país – atrás apenas de Roma e Milão – encanta seus visitantes. Passear por suas vielas com infinitos varais suspensos, explorar o Vesúvio e conhecer lugares que o vulcão aniquilou, como Pompeia e Herculano, é uma experiência intensa. Mas Napoli vai além.
Suas igrejas são esplendorosas, a exemplo de Duomo (sede da maior festa de San Gennaro), a Cappella di San Severo e o Monastero di Santa Chiara. Duomo é a catedral da cidade, e começou a ser erguida no século XIII, finalizada apenas no século seguinte.
O lugar é culto do santo mais amado da cidade, San Gennaro, que liberou a cidade das flagelações durante os anos de fome e peste do século XVI. Já a Cappella di San Severo tem estilo barroco, foi dealizada pelo príncipe Sansevero e que contém várias simbologias maçônicas (o local foi construído numa região onde havia um templo à Isis).
Por último mas não menos interessante, o Monastero di Santa Chiara é um complexo religioso formado por uma basílica, um mosteiro duplo, uma cripta e um museu. Na basílica encontram-se os túmulos do rei Roberto I de Nápoles e de sua esposa, a rainha Sancha de Maiorca, que foi levado para lá somente no início do século XIX, com a instalação da cripta que abriga os restos mortais de membros da Casa de Bourbon-Duas Sicílias.
Tem ainda a imponência de fortalezas como o Castel dell’Ovo, que parece flutuar sobre a pequena ilha de Megaride, é um dos mais antigos da cidade, e a pequena vila ao seu redor se transformou no Borgo Mariani, um complexo de restaurantes e pizzarias. Seu nome se deve à lenda que diz que o poeta Virgilio escondeu, no subterrâneo do castelo, um ovo mágico. Até o início do século XVI, o Castel dell’Ovo desempenhou a função de palácio real dos soberanos de Napoli. Ele foi substituído pelo Castelo Novo, ou Maschio Angioino, e seu primeiro morador foi o rei Carlos II.
E Nápoles se completa com a fartura de oferta cultural, distribuída por lugares como o majestoso Teatro di San Carlo que já foi o maior e ainda é um dos mais belos do planeta, e museus do porte do Archeologico Nazionale, onde ficam a maior parte dos afrescos e objetos recuperados de Pompeia e Herculano e do Capodimonte, no qual estão guardadas obras de El Greco, Botticelli e outros mestres.
Porta de entrada para a costa Amalfitana, Salerno foi um rico ducado durante o século XI, e seu centro histórico preserva o traçado medieval. Perto da Via dei Mercanti – a principal da cidade – está a igreja Duomo di Salerno, construída também no século XI e remodelada nos séculos seguintes. A igreja é dedicada a São Mateus e dizem que os restos do apóstolo estão na cripta abaixo da catedral, cuja entrada é gratuita. Além de Duomo, Salermo possui uma gama de igrejas medievais, como as belas San Pietro, Corte, San Giorgio e Santa Maria de Lama.
Dentre os museus da cidade, o Arqueológico Provincial é um dos mais interessantes, conservando achados da cidade e dos sítios arqueológicos de toda a província desde a idade pré-histórica. Os Jardins de Minerva deixam o centro histórico ainda mais atrativo, sendo de propriedade da família Silvatico desde o século XII, e por volta dos anos 1300 passou a ter fins didáticos para os alunos da Scuola Medica Salernita – na época uma das mais famosas da Europa.
Pequena, mas encantadora, Salerno não deve ser esquecida nos roteiros ao sul italiano. Uma noite na cidade fará da costa Amalfitana um lugar ainda mais especial e inesquecível.
http://www.360meridianos.com/2016/12/salerno-italia.html
http://viagemeturismo.abril.com.br/cidades/napoles/
http://viagemitalia.com/catedral-de-napoles/
http://devirnomadeviagem.blogspot.com.br/2012/11/o-silencio-do-marmore-capella-sansevero.html
http://www.noticiasdabota.com/2008/12/napoli-historia-do-castel-dellovo.html