25-03-2017 21:29:06
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Banhada pelos mares mais famosos do mundo – Jônico, Mediterrâneo e Egeu, entre outros – a Grécia é pontuada por belíssimas ilhas e por um continente fantástico, sendo um país de incontáveis belezas naturais. Suas paisagens de tirar o fôlego atraem cada vez mais turistas, que buscam conhecer o berço da civilização ocidental e suas badaladas praias. A gastronomia, típica do mediterrâneo, é um atrativo à parte: pratos com peixes e carnes exóticas – como coelho e cordeiro –, grãos, azeite, vinho, iogurte e alcaparras. Esta última, aliás, nasce espontaneamente nas encostas rochosas e quentes do país.
As razões para planejar uma viagem à Grécia são inúmeras, e listá-las todas em apenas um post é impossível. Mas separamos quatro ilhas na terra dos deuses que farão qualquer um sonhar em pisar na casa de Zeus.
Famosa pela badalação, por suas praias de nudismo e seus frequentadores ultraliberais, Mykonos é conhecida por seu agito 24 horas, sete dias por semana. Mas a ilha, há milênios, também encanta por outras razões: vielas estreitas, casinhas brancas, moinhos de vento, centenas de buganvílias e um pôr do sol arrebatador.
A ilha já foi ocupada pelos jônicos, fenícios, macedônios, atenienses, romanos, vienenses, gregos e alemães, e hoje é uma mistura de heranças destas civilizações. Chora, a capital, é a parte mais antiga da cidade e dispõe de todos os ingredientes que os visitantes buscam. Ruas de pedra cheias de casinhas brancas com varandas floridas, cercada de igrejas pequeninas e vida noturna agitada, seja nas praias maiores – que mantêm bares abertos até altas horas – ou no famoso bairro Little Venice.
Um lugar agradável para bebericar um vinho branco típico e para acompanhar o movimento das pessoas é o porto de Mykonos, cheio de barzinhos com mesinhas na calçada. Da ilha pode-se visitar Delos, uma ilhota que abrigava o mais importante templo de Apolo na Antiguidade Clássica. Embora o local não esteja tão bem preservado quanto outros sítios arqueológicos, é um passeio interessante para quem gosta de história.
A maior das ilhas gregas, Creta é conhecida por ter sido berço da civilização minoica que, batizada em homenagem a seu mais famoso rei na mitologia, Minos, deixou marcas de sua existência a partir do quarto milênio a.C. Os vestígios da civilização cretense são fascinantes, e apesar de remontarem à Antiguidade, foram descobertos apenas no início do século XX. Citada na mitologia como o lugar em que ficava o labirinto do Minotauro, Creta é um destino de interesse arqueológico sem igual, repleto de ruínas e museus (entre eles o Histórico de Creta). E o território pode ser aproveitado também por suas praias – a mais conhecida é a de Preveli – e cidades.
Hania é a cidade mais bonita da ilha ocupada pelos venezianos do começo do século XIII até o ano de 1669. A arquitetura veneziana foi conservada e pode ser observada em fortificações e construções no entorno do porto. Perto de Chaniá fica a bela praia de Agioi Apóstoloi. A capital Heraklion é a quarta maior cidade do país e apresenta boa infraestrutura de restaurantes e hotéis. Próxima dela ficam as imperdíveis ruínas de Cnossos, onde é possível visitar as ruínas do antigo palácio de Minos, parcialmente restaurado.
O azul-turquesa das águas que circundam a ilha contrasta com a aridez do interior montanhoso. Mas a paisagem cretense mais intrigante é o desfiladeiro de Samaria, no sul de Creta, que os mais aventureiros podem percorrer a pé.
Em formato de meia lua, Santorini é o que restou de um vulcão que entrou em erupção no século III a.C. No centro da ilha encontra-se uma cratera que, na realidade, é a caldeira submersa do vulcão. A mais romântica das ilhas gregas combina, em doses precisas, belezas naturais e charme arquitetônico: no cume do penhasco que beira a cratera foram erguidas as casas caiadas de branco, praticamente debruçadas sobre o mar e enfileiradas em vielas estreitas.
A principal cidade de Santorini é Thira, mas a considerada mais bonita é Oía. Localizada no extremo norte da ilha, Oía tem um cenário mágico, principalmente durante o pôr do sol, quando as casas, todas coloridas, são banhadas por uma aura alaranjada. Apesar de não ter praias como as de Mykonos, Red Beach é um tanto quanto peculiar. Esta pequena baía de águas verdes é “pavimentada” por uma areia grossa e escura e emoldurada por uma falésia cuja cor vermelha serviu para batizar o local. O recorte angular destas paredes naturais, a aridez e os contrastes de cores dão aos visitantes a impressão de que estão em Marte.
No sítio arqueológico de Akrotiris estão os vestígios da civilização que existia antes do vulcão explodir. As escavações são impressionantes e revelam até sobrados em ótimo estado de conservação. Boa parte das peças encontradas é levada para o museu arqueológico de Atenas, onde ficam em exposição.
Perto da Turquia, Rhodes foi ponto de encontro dos Cruzados da Idade Média, quando foi ocupada pelos Cavaleiros da Ordem de Malta. O centro histórico, também conhecido como Cidade Antiga, é extremamente bem conservado: rodeado por muralhas, tem antigas casas, praças, mesquitas e sinagogas em ruas de pedra. À noite a animação toma conta do lugar e seus bares e restaurantes ficam lotados.
Entre o Egeu e o Mediterrâneo, Rhodes é berço de uma das sete maravilhas da Antiguidade: o Colosso de Rhodes. A ilha é considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, e a antiga cidade – onde fica o Colosso – é cercada por 13 quilômetros de muralhas. A ilha se divide entre a parte moderna e a medieval, está voltada para o famoso porto de Mandraki, local onde teria sido erguido o Colosso de Rodes – estátua de 70 toneladas de ferro e bronze, com 30 metros de altura, construída entre 294 a 280 a.C. em homenagem ao Deus Hélios.
Ainda sob a atmosfera da mitologia grega, Rhodes guarda ruínas dos templos de Apolo e Artemisa, nas imediações da cidade antiga. O trecho mais bonito das muralhas imponentes fica justamente de frente para o porto de Mandraki, que abriga ainda uma marina sempre lotada de iates.
Além da cidade antiga, chama a atenção o vilarejo de Lindos. Considerado sítio arqueológico, a vila abriga uma acrópole, onde está o templo dórico de Atena Lindia, do século 300 a.C, e uma fortificação medieval, também no alto da colina. Lindos é rodeada por praias e paredões rochosos. A chegada ao topo é de tirar o fôlego: além das colunas imponentes da acrópole, a vista de 360 graus é ininterrupta para onde quer que se olhe. As encostas, com pouca vegetação, contrastam ainda mais com a cor do mar. E, como não poderia ser diferente na Grécia, depois de um dia conhecendo mais sobre os primórdios da civilização ocidental, nada melhor que se refrescar nas diversas praias do vilarejo.
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